Nebulosa Carina

Nebulosa  Carina
Nebulosa Carina

Naná Vasconcelos e Lambarena









Hughes de Courson é um músico ( guitarra, baixo, percussão, vocais), compositor e produtor francês, ex-membro fundador do grupo de Malicorne, ele experimentou misturas estilísticas e solo.



Malicorne - En Public - 1978 - Full Album




Gabão







Pierre - Claver Akendengué é músico e compositor do Gabão. Atua também como conselheiro cultural para o governo do Gabão. Em 1974, Akendengué gravou seu primeiro disco, Nandipo que consistia em canções de sua própria autoria, cantada em francês e nkomi, acompanhado por guitarra, baixo e percussão de Naná Vasconcelos.








Naná Vasconcelos



Recife 
1944 -2016

Juvenal de holanda Vasconcelos, conhecido como Naná Vasconcelos



Eleito oito vezes o melhor percussionista do mundo pela revista americana Down Beat  e ganhador de oito prêmios Grammy foi o brasileiro com mais prêmio Grammy, era considerado uma autoridade mundial em percussão.


Dotado de uma curiosidade intensa, indo da música erudita do brasileiro Villa-Lobos ao roqueiro Jimi Hendrix, Naná aprendeu a tocar praticamente todos os instrumentos de percussão, embora nos anos 60 tenha se especializado no berimbau.


"Naná Vasconcelos nos ensinou a ouvir o Brasil. Nos trouxe de volta um país profundo, refugiado em nossas memórias de infância. 


Toda a sua obra como artista está impregnada de referências que são parte essencial do nosso modo de ser e de sentir. Sua música é a música da voz, do corpo e dos inúmeros instrumentos que dominou com tanta perfeição."



Última composição:"Mesmo se eu morrer, não quero ninguém chorando, quero muito batuque, muito barulho, porque, se vocês fizerem silêncio, vou pensar que vocês estão dormindo e vou fazer como em casa, com minha esposa. Quando ela está dormindo, faço barulho para ela acordar. É a cigarra".



O principal legado que ele deixou foi o de ser um grande valorizador da cultura negra, da percussão brasileira, da dança e de todas as influências afro-brasileiras.”

Segundo o jornalista Ben-Hur Demeneck, "Naná Vasconcelos conseguiu fazer do berimbau um instrumento solista, tanto em grupos de jazz quanto em orquestras eruditas.


A sua trajetória musical pode encher páginas com as ocorrências nominais de suas conquistas globais. No entanto, para comentar sua musicalidade, nenhuma delas compete com a perturbadora capacidade de arrancar o público de sua realidade mais imediata e de atarantar os críticos com sua variedade de timbres.

...Além de sua carreira individual de compositor e instrumentista, Naná Vasconcelos é admirado por suas parcerias, trilhas sonoras de cinema, produção musical, liderança em eventos musicais e em projetos sociais. Um artista incansável, uma combinação afinada entre ética e estética."


Naná e seu Estilo:"Quando você aprende teoria musical por livros, precisa sempre consultar os textos. Quando você aprende com o corpo, é como andar de bicicleta. Seu corpo se lembra."




Naná Vasconcelos 11/12
Canção para Nanili






Naná Vasconcelos e Milton Nascimento
em Cantos do Rio





No ano 1994 Hughes de Courson cria com Pierre Akendengué álbum Lambarena: Bach para a África, em homenagem ao Schweitzer Doctor , em que a música de Johann Sebastian Bach se casa com música tradicional Africano. Lambarena é um sucesso, tanto crítica e público (80 000 cópias vendidas em um ano).






A música de Courson e Akendengué, mistura ritmos africanos às tradições européias bachianas num novo contexto.



A música de Courson e Akendengué  foi o impulso decisivo para a concepção do teatro-dança Lambarena.



Ana Mondini explica que a busca de integração através das artes exige um tipo de questionamento diferente. Baseado na composição musical Lambarena – Bach to Africa, Courson procura questionar então, o que era típico da música de Bach na época do barroco e os elementos da música barroca do tempo de Bach que vão ser identificados, ou que vão até se descobrir na música africana. Enfim qual o ponto de combinação do que é clássico e, o que é popular.


Nesse sentido, ela releva que naturalmente o fato de ser brasileira e viver fora de sua cultura, a faz refletir também no trabalho sobre a essência da cultura e as tradições culturais.


A apresentação de “Lambarena” em 2002, como um projeto de teatro-dança da bailarina e coreógrafa brasileira Ana Mondini, na época  diretora da Companhia de Balé do Teatro de Kassel, como uma homenagem às suas raízes brasileiras, arrebatou o público e a crítica especializada da época. Ao baixar das cortinas, o público aplaudiu de pé o espetáculo, durante mais de dez minutos cronometrados.




O projeto representa originalmente uma homenagem ao médico e músico alemão Albert Schweitzer (1875-1965, Prêmio Nobel da Paz em 1952), organista e aficionado da música de Johann Sebastian Bach, que partiu jovem para a África e lá fundou um hospital e uma missão em Lambaréné (Gabão), onde viveu até sua morte.


Documenta é considerada uma das maiores e importantes exposições da arte contemporânea e da arte moderna internacional, que ocorre a cada cinco anos em Kassel, Alemanha.



A utopia de um mundo melhor - Lambarena reúne dançarinos de 11 países (inclusive sete brasileiros) e mentalidades diferentes. Apesar de fronteiras não serem mais importantes hoje em dia, em tempos de globalização, Ana acha que elas continuam marcando a intuição e o intelecto, que ela considera importantes para o seu trabalho de mediação.

Em Lambarena ela diz buscar o orgânico numa coreografia aparentemente simples. Ela explica que se trata, na verdade, de uma combinação complexa de passos de dança, que não parte de nenhuma concepção ou script anterior. Ela vê a dança não somente como uma combinação de passos, mas também como uma combinação de idéias. E, nesse sentido, ela faz questão de notar que, apesar de a música Lambarena ser dedicada a Albert Schweitzer, ela não se refere a detalhes biográficos na sua coreografia, mas sim de uma forma sutil à sua utopia de um mundo melhor.




Egyptian Mozart
(Hugues de Courson)
Concerto Pour Oud Et Piano #23
liberado em 1997





BACH NEGRO

A cobra mordeu a própria cauda. O ciclo está prestes a fechar.
“Lambarena” concilia o que na aparência parecia inconciliável. A fusão do mestre do barroco Johann Sebastian Bach com a música tradicional de África, promoveu o encontro de Albert Schweitzer, na cidade de Lambaréné, no Gabão.

A coisa se torna ainda mais estranha, quando lemos na ficha técnica, que a realização deste projeto segundo uma ideia original de Mariella Bertheas, esteve a cargo de Pierre Akendengué e Hughes de Courson, um antigo elemento do grupo francês Malicorne.
Bach e África, a matemática e a intuição, o contraponto e a repetição rítmica, polos opostos que deixaram de o ser...

 texto Bach Negro copilado de :




Poeira Cósmica-Blog dedicado à crítica musical de Fernando Magalhães (05/02/1955-15/05/2005)





Velho Chico
Bruno Luperti


assista ao vídeo









Nenhum comentário: