Nebulosa Carina

Nebulosa  Carina
Nebulosa Carina

Ciclicidade até Dinossauros




"Ciclicidade é a constância cosmológica"
                                                           Cósmica Poeira 


  Universo Solenoidal 


            
                                                                                                                                                 Solenoide e o                                                  Anel de Thompson
    
                                                                                                  
O interior do solenoide, cuja energia flui em paralelo, difere do exterior, onde a energia  diverge  de norte para o sul.
O campo magnético do solenoide tem simetria cilíndrica e, na posição z,  devido as forças magnéticas e peso do anel,  este se mantém em sustentação. 





Big Bang e o Universo em expansão


A evolução ocorre concomitante e paulatinamente ao
longo do tempo, no macro e micro cosmos.






                   Composição do Universo




Períodos da Expansão do Universo 
   a partir do Big Bang










Representações do buraco negro




Buraco Negro




Matéria Escura


Energia Escura






Esta é a teoria do universo polarizado.
Nós começamos como pura energia que segue a parte de menor resistência para formar o círculo completo.
Energia é convertida em massa e vice-versa E=MC2 





Onde
Energia = Massa . Velocidade da Luz ao quadrado.





Sendo
Energia medida em Jaule = Massa medida em Kg .Velocidade da luz ao quadrado que é 299.792.458 m/s





                      

Proponho, num esquema hipotético:


  1.  O  Anel  de Thompson representar o universo. 
  2.  O universo e seus componentes em expansão, direcionariam-se divergiriam de norte ao sul, onde ocorreria o Big Crunch ou seja um grande Buraco Negro na forma cilíndrica do solenoide. 
  3. O Buraco Negro de densidade  infinita, saturaria num novo Big Bang,  e o ciclo recomeçaria infinitamente. 
Cósmica Poeira
                                                                              



















....e aí?!

Que Tal um Universo



cíclico e com forma toroidal ?










                   Interação da Bipolaridade Magnética







Por convenção internacional, onde a energia entra chama-se Norte e onde a energia sai entra chama-se Sul.



Solenoide na Física

Uma bobina cilíndrica de fio condutor enrolado segundo espiras iguais, uma ao lado da outra igualmente espaçadas, cujo diâmetro é menor quando comparado ao seu comprimento, é designada Solenoide ou bobina longa.










Como  podemos observar na simulação que desenha as linhas do campo magnético, estas são  paralelas ao eixo no   interior do  Solenoide.  Porém  fora  do  solenoide as  linhas de campo divergem.







O campo magnético do solenoide tem simetria cilíndrica, e na posição Z ocupa o anel Toroide, que pode muito bem, ser o universo.





    Na  figura  ao  lado com  muita     atenção poderemos  visualizar o     Campo Magnético do solenoide     de   simetria   cilíndrica  que  se     encontra dentro do anel toroide.





Similariedade do
Solenoide em Biologia




A histoma H1 que é uma das principais proteínas presentes no nucleossomos, possui importante papel na regulação dos genes, sendo encontradas no núcleo de células eucarióticas, que são células ainda com o material genético disperso no citoplasma,pois ainda não possuem carioteca que envolve o núcleo celular em região específica, por esse motivo o H1 força a material genético a outro tipo de compactação em estruturas secundárias helicoides denominadas solenoides. O solenoide corresponde à compactação de 6 a 7 nucleossomos. Essa nova fibra é a unidade fundamental da organização da cromatina, sendo capaz de condensar aproximadamente 1200 bases de DNA.












Coincidência? 

                      Sincronicidade!?




















Entender   a   vida,  a   existência,   e,   ações dentro de parâmetros Multidimensionais, onde "a simplicidade é o último grau de sofisticação".





                     Religiosidade


Entenda-se como:
  1. Religiosidade a aceitação livre e individual de dogmas.
  2. Dogma é " O fato " que fundamenta determinada ação e suas finalidades, fato este, absolutamente incontestável.
  3. Fé, Vontade ou intencionalidade é a capacidade através da qual tomamos posição frente ao que nos aparece. Diante de um fato e tendo como base o Dogma que rege o fato, podemos deseja-lo ou rejeita-lo, porém, nunca ambos ao mesmo tempo.

Alegoria da Fé
L.S.Carmona - 1752/53

O  véu   simboliza   a   impossibilidade    de  conhecer 
diretamente as evidências dos dogmas, por isso, ou os aceitamos ou não aceitamos. A Fé consiste na aceitação incondicional do dogma ser verdadeiro, já que é impossível prová-lo.













Se Deus não existe, nada se perde por acreditar nele, mas se Deus existe, perde-se tudo por não se acreditar.             
                                            Blaise Pascal






Sincronicidade
Insight

A sincronicidade é diferente da coincidência, pois não implica somente na aleatoriedade das circunstâncias, e sim, num padrão subjacente ou dinâmico que é expresso através de eventos ou relações significativas. Acredita-se que a sincronicidade é reveladora e necessita de uma compreensão, que pode surgir espontaneamente sem nenhum raciocínio lógico.
Esse tipo de compreensão Carl Gustav Jung dava o nome de "insight".
Insight pode ser um fenômeno sincronístico, assim como muitas descobertas científicas, que de acordo com dados históricos, ocorreram quase simultaneamente em diferentes lugares do mundo, sem que os cientistas tivessem qualquer contacto.











Deus ?!


 Unipresente!
                  unipotente!
                                 princípio!
                                             meio!
                                                   fim!
                                                        
Ele está na multidimensionalidade interativa da evolução cósmica, que desfaz a  inércia primordial  permitindo, que tudo  se combine e descombine, e, se recombine onde nada se perde, tudo se transforma!
                                                  
                                                   princípio
                                              meio 
                                          fim
                            unipotente
multipresente sempre




Cosmos



Tudo unido, tudo interagido, tudo Dinâmico



Posto ser infinito ..já que é cíclico

ou será?

Posto ser cíclico já que é infinito ...












Sem limites! Infinitamente sem fronteiras ...










... Cosmos. 

Universos paralelos, além dos multidimensionais ...















... Multi universos !!! 












                   






... a Ciência à contraponto de uma mesma moeda busca provas...







 Terra o único em todo o Universo?




O planeta em que vivemos, com a vida da forma que conhecemos seria único do Cosmos?



O choque com um cometa como o halley por exemplo, pode ter trazido para a terra elementos essenciais para o desenvolvimento da vida, mas nosso planeta  só é como conhecemos, em virtude de características locais, e ambientais do nosso sistema solar, que proporcionam condições para manutenção da vida como a conhecemos.





Que condições são estas?




Sabemos que não são só as respostas, 
mas principalmente as perguntas
 movem a ânsia do conhecimento.













Temos aqui algumas meias respostas....
Quem somos?

- Somos todos sem exceção seres estelares, já que somos constituídos de materiais estelares cálcio, ferro, zinco, hidrogênio, oxigênio...

        Como somos?


                De onde viemos?


                          Para onde vamos?

- A vida é temporal, o corpo se decompõem, a matéria se desintegra ao mesmo tempo que integra e se recicla com e como o universo, tudo junto e misturado, cada um a seu tempo.




Onde estamos?







                                 ... Blá Blá Blá ...










... se perguntas milenares decorrentes estão gradualmente sendo respondidas, ocorre conhecer ou mesmo relembrar como tudo isso acontece ...







GRANDEZA ou Quantidade - é um conceito usado em várias áreas, em Física descreve qualitativa e quantitativamente as relações entre as propriedades apresentadas no estudo da natureza, no seu sentido mais amplo.
As grandezas fundamentais são as que não dependem de outras grandezas para serem definidas, estas em física são apenas sete:
  1. massa
  2. comprimento
  3. tempo
  4. intensidade de corrente elétrica
  5. intensidade luminosa
  6. temperatura termodinâmica
  7. quantidade de matéria.



Sistema Internacional de
Unidades de Medidas (SI)
das grandezas fundamentais







GRANDEZA
NOME DA UNIDADE
SÍMBOLO


massa


quilograma


Kg


comprimento


metro


m


tempo


segundo


s


corrente elétrica


ampére


A
temperatura

termodinâmica


Kelvin


K


Quantidade de matéria


Mol


mol
Intensidade

Luminosa


Candela


cd








Matéria - A concepção moderna de matéria foi refinada várias vezes, a medida que o conhecimento de sua composição se foi ampliando.
No final do século XIX com a descoberta do elétron, e no início do século XX com a descoberta do núcleo atômico, e por consequência o nascimento da Física de Partículas, a matéria passou a ser vista como feita das partículas de elétrons, prótons e nêutrons interagindo para formar os átomos.




































O mundo Quântico
O mundo das partículas subatômicas




A Física de Partículas faz parte da física moderna estudada na Mecânica Quântica.
Todo nosso mundo visível se fundamenta nesse nível invisível das partículas elementares.

Podemos chamar de partículas elementares toda porção indivisível da matéria, como elétrons, prótons nêutrons.
Com toda a tecnologia atual, quando os físicos começaram a usar os aceleradores de partículas nos anos 50 e 60, descobriram centenas de partículas menores do que as três bem conhecidas partículas subatômicas: prótons, nêutrons e elétrons. À medida em que aceleradores maiores eram construídos (aceleradores que podiam fornecer feixes com energias mais altas), mais partículas iam sendo descobertas. A maioria destas partículas existem por apenas frações (menos de um bilionésimo) de segundo, e algumas delas combinam-se para formar partículas compostas mais estáveis. Algumas partículas estão envolvidas nas forças, que mantêm o núcleo do átomo unido, e, outras não.













Denominação das Partículas Subatômicas

Férmions  Bóson  Hádrons














Quem são e como Interagem



















Imagem da estrutura orbital
de um átomo de hidrogênio
tirada com um novo microscópio quântico.




APS/Alan Stonebraler

























INÉRCIA - é a resistência que todos os corpos materiais possuem para a modificação de seu estado de movimento, ou, da ausência de movimento.






Exemplo:




"O pião tem alguns profundos princípios físicos. O primeiro é a conservação do momento angular, a lei que dita que na ausência de influências externas, um objeto girando deve se manter girando."



Como o pião gira em cima de um ponto minúsculo, ele experimenta uma quantidade mínima de atrito com a superfície abaixo dele, e assim continua girando por um tempo deliciosamente longo. 














FORÇA É uma grandeza que tem a capacidade de vencer a inércia.

Qualquer agente externo que modifica o movimento de um corpo livre, modificando-lhe a velocidade ou direção 







ou uma tensão / estresse mecânico capaz de deformar a matéria num corpo fixo.










Intuitivamente a força se identifica com a noção deempuxo que é uma reação de igual magnitude da força aplicada, mas em sentido oposto.

Exemplos: 














força da gravidade 
























Torque é definido a partir da componente perpendicular ao eixo de rotação da força aplicada sobre um objeto para faze-lo girar.

ou ponto central conhecido como ponto pivô ou eixo de rotação.

Precessão de um giroscópio.



Depois de um determinado tempo que o pião está girando, nota-se que há uma inclinação em relação ao eixo de rotação vertical, agora temostorque, o peso não é mais coincidente com o eixo de rotação vertical, ele possui distancia (raio), com isso um torque (força) é produzido pelo peso. O pião descreve além do movimento de rotação ao redor de seu eixo, outro movimento de rotação chamado movimento de precessão, no qual o seu eixo descreve uma superfície cônica com vértice no ponto de apoio.






Em um esforço para conservar seu momento angular total, o pião faz o movimento de precessão mais rápido quanto mais lendo gira, o que explica porque normalmente os piões dão um solavanco "para fora", quando o atrito para seu giro.






Entes e Sistemas em interação trocam energia e momento, mas o fazem de maneira que ambas as grandezas sempre obedeçam as respectivas leis da conservação.



LEI DA CONSERVAÇÃO em qualquer
sistema físico ou químico, nunca se cria nem
se elimina matéria, apenas é possível transforma-la de uma forma em outra, portanto não se pode criar algo do nada nem transformar algo em nada, na natureza, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. logo na natureza tudo provém de matéria.




ENERGIA é a capacidade de produzir trabalho e calor.




TRABALHO é a medida da energia mecânica transferida de um sistema ou ente a outro, quando da aplicação de uma força ao longo de um deslocamento.




CALOR é a medida da energia térmica transferida de um sistema ou ente a outro, ou entre partes do mesmo sistema, exclusivamente em virtude da diferença de temperaturas entre eles.






Grandezas ou Quantidades Físicas 


Escalares - Tensores de ordem zero
Vetores - Tensores de primeira ordem
Tensores - Tensores de segunda ordem


Grandezas Físicas Escalares:

Um dado é suficiente para a descrição completa da grandeza ou quantidade escalar.
Exemplos: temperatura, massa, densidade, tempo, corrente elétrica, comprimento, área, pressão.


Grandezas Físicas Vetoriais: 


O vetor é plenamente determinado quando sabemos três dados: direção, intensidade e sentido.



Exemplos: força, deslocamento, velocidade, aceleração, posição.







É importante ressaltar, no entanto que os componentes de um vetor físico dependem do sistema de coordenadas usado para descrevê -lo, e há vários sistemas de coordenadas.
Outros objetos usados para descrever quantidades físicas são os pseudo-vetores e tensores.



Vetor- Vector é uma ferramenta que desempenham um papel importante e, na física, define a velocidade e a aceleração de um objeto, relacionando as forças que agem sobre tal objeto, que são descritas por vetores.
representação gráfica de vetor

Um vetor pode ser representado por qualquer segmento de reta orientado que possua mesmo módulo, mesma direção e mesmo sentido do objeto que está sendo estudado.
Se o segmento \overline{AB} (segmento de reta orientada do ponto A para o ponto B)  for um representante do vetor x então podemos dizer que o vetor x é igual ao vetor \overrightarrow{AB}.






Os vetores têm aplicação em várias áreas do conhecimento, tanto técnico quanto científico, por exemplo na física, engenharia, economia, matemática entre outros. Os vetores são componentes dos quais se constrói o Cálculo Vetorial.
As Coordenadas Cartesianas fornecem uma maneira sistemática de descrever e operar vetores.
A ideia para este sistema foi desenvolvido em 1637 em duas obras de René Descartes,
"Discurso sobre o método" onde ele apresenta a idéia de especificar a posição de um ponto ou objeto numa superfície, usando dois eixos( Y e X ) que se intersectam, e, na Obra "Géométrie" ele desenvolve o conceito.



Abaixo temos o eixo Z que representa 3D








Sistema de Referência


O sistema de referência consiste em um Ponto de
origem
direção
sentido

isto pode ser obtido de diversas formas, porém o sistema de coordenadas cartesianas é o mais próximo do mundo real, ele nos permite observar as formas da maneira mais aproximada possível do nosso modo de ver o universo.

Exemplo: Passado e Futuro
  • Algumas vezes dizemos que , se A é causa de B, então A deve ser anterior a B em qualquer sistema de referência, e isso está de acordo com a nossa concepção intuitiva de causa.
  • Porém, também aceitamos que, se A é causa de B, então alguma coisa deve ter partido de A e chegado em B, e essa coisa não pode ter trafegado a uma velocidade maior do que a da luz no vácuo.
  • Considere agora o seguinte gráfico (dito cone de luz em duas dimensões).

Temos abaixo:

No ponto temos um evento ocorrendo aqui e agora, ou pode ser o local onde estou agora.

As retas x=ct x= -ct dividindo o plano em duas regiões.A área Colorida acima de 0 representando meu futuro potencial, ou seja, os eventos (pontos do plano) que eu posso alcançar se me mover na direção certa, mas sempre com velocidade menor que a luz no vácuo.

A área colorida abaixo de 0 representa o meu
passado, ou seja, a coleção de todos os eventos que podem ter me influenciado a uma velocidade menor que a da luz no vácuo.
O restante do plano representa eventos que eu não posso alcançar e que não podem me influenciar no momento.

A linha mais forte representa minha linha de mundo , a trajetória que eu segui até aqui e que vou seguir no futuro (que pode mudar).

Agora suponhamos que:

Há uma estrela, digamos a 10 anos luz daqui. Claro que eu não posso influenciar qualquer coisa nessa estrela em menos de 10 anos, da mesma forma que nada que tenha ocorrido
na estrela a menos de 10 anos pode me influenciar agora.

Mas se a estrela fosse o Sol que explodisse, como ele está 8,2 minutos luz da terra que equivale a uma distância de 149.600.000 km significa que após 8,2 minutos que é o tempo que a luz demora para percorrer a distancia entre o Sol e a Terra isso poderia me afetar aquí agora alterando a minha linha de mundo.




















Como nosso cérebro se comporta ao longo dos tempos e conhecimentos...


Século III A.C
Athenas









Século XXI D.C

alguns questionamentos...





















































Michelangelo di Lodovico Buonarroti
Simoni
1475-1564
89 anos
Itália


                  por Sebastiano di Pombo





Composição com detalhes do afresco de Michelangelo
da Obra "Criação de Adão" 



Nesta feliz composição, pode-se perfeitamente não confundir criação com criador, já que um é efeito e outro é causa, um é obra outro é autor, um está contido e outro contém, não podemos negar que a obra contém o criador da mesma forma pura e simples que o criador contém a obra.




                           YIN  YANG  




é um princípio da filosofia chinesa, onde yin e yang são duas energias opostas.

Yin significa escuridão sendo representada pelo lado pintado de preto, uma luz muito fraca.

Yang é a claridade a luz que é uma energia luminosa e se representa de maneira muito intensa. Segundo os chineses, o mundo é composto por forças opostas e, achar o equilíbrio entre elas é essencial.












Século XVI

René Descartes
1596-1650
54 anos - França



Princípios da Filosofia Cartesiana






... "Axioma VII - Toda e qualquer coisa, e toda e qualquer  perfeição atualmente existente de qualquer coisa, não pode ter o nada como causa de sua existência.
 Fica claro então,  que  qualquer  coisa ou o nada, possa existir como causa de sua própria existência.


Axioma VIII - O que há de realidade e perfeição em qualquer coisa, está formal e eminentemente em sua causa primeira e adequadamente.
  • Por formal, entenda-se que a causa contém toda a realidade do efeito com igual perfeição."

  • Por eminentemente, entenda-se que a causa contém toda a realidade do efeito, com mais perfeição, que o próprio efeito.





Século XVI
Baruch de Espinosa
1632 - 1677
(44 anos)
Holanda



Pensamentos Metafísicos
Os Pensadores Vol.XVII
Abril cultural -Victor Civita
Transcritos em trechos de tradução e notas de Marilena de Souza Chauí Berlink


Os Pensamentos Metafísicos são um apêndice aos Princípios da Filosofia Cartesiana, curso que Espinosa ministrou a um aluno particular e que publicou por insistência de Lodewijk Meijer.
Os Princípios de Descartes são uma exposição das principais teses da metafísica e da física cartesianas; os Princípios da Filosofia Cartesiana de Espinosa são uma demonstração e não apenas uma exposição das mesmas teses, mas numa ordem tal que o conteúdo cartesiano é modificado pelo espinosano (nota do tradutor).


O axioma VIII está de forma intrínsica ligado ao axioma VII, pois seria um absurdo supor que nada ou menos do que nada, que está no efeito esteja na causa, pois o nada ou menos do que nada da causa, seria o nada ou  menos que nada do efeito.


"Parte I"
Ente e suas afecções






Aqui  demonstra-se  que  a  lógica  e  a filosofia comumente admitidas, servem somente para exercitar e fortificar a memória, para que possa reter as coisas percebidas pelos sentidos casualmente, sem ordem nem encadeamento, mas não servem para o exercício do intelecto.





Capítulo I


Definição de Ente 

Conhecemos por Ente e entendo ser ente, tudo aquilo que por meio de uma percepção clara e distinta reconhecemos, que por sua natureza existe necessariamente, e, cuja essência envolve a existência.



Definição de Ente 
cuja essência não envolve necessariamente a sua existência, apenas possivelmente

"O Ente cuja essência não necessariamente envolve a sua existência, apenas possivelmente, divide-se expressamente em Substância e em Modo, nunca em Substância e Acidente.

  •  Acidente é um modo de pensar, que denota apenas um aspecto.
 Por exemplo: 
- Quando digo que um triângulo é movido. O movimento não é um Modo do triângulo, mas é Modo do corpo que é movido.
O movimento é um Acidente em relação ao triângulo, mas com respeito ao corpo é um Ente Real ou um Modo, por que  o movimento não pode ser concebido sem o corpo, mas o movimento pode ser concebido sem o triângulo. 




Definição de Ente Verbal


Ente Verbal é entendido como aquilo cuja natureza envolve uma contradição aberta, pois não estando no intelecto nem na imaginação, só pode ser expressa por palavras. 
Por exemplo, um círculo-quadrado pode ser expresso por nós em palavras, mas não pode ser imaginado de modo algum, e muito menos ser compreendido por nós.





Quimera 

Por sua própria natureza a Quimera não pode existir, só pode ser expressa por palavras, por isso uma quimera é apenas uma palavra, e pelo mesmo motivo, a impossibilidade de ser enumerada entre as afecções do Ente, sendo portanto mera negação, por sua própria natureza não pode existir, sendo considerado  Ente Verbal.
Exemplo: ditos populares como:
 - mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha que......
  


Definição de Não Ente ou Modo de Pensar

                      "Eu sou, só pode ser a                           primeira verdade conhecida 
                  na medida em que pensamos".

          Le Penseur
         O pensador
                 

        Alegoria do não ente ou Modo de Pensar          Original se encontra no Museu Rodin - Paris
 Escultura em bronze apresentada em 1904
do francês Auguste Rodin



1840 - 1917 França

Entendemos por Não Ente ou Modo de Pensar, todas as afecções do pensamento, tais como o intelecto, a alegria, a imaginação, etc.
Conhecemos por Não Ente ou Modo de Pensar tudo aquilo que, por meio de uma percepção clara e distinta, reconhecemos que por sua natureza não envolve a sua existência, é só pensamento.









Não Ente  ou  Modo de Pensar  de maneira que as coisas conhecidas  sejam  mais  facilmente retidas,   explicadas ou  imaginadas, denominamos Razão. 






Razão- nada mais é que apenas um Modo
de  Pensar  servindo  para  que  as  coisas conhecidas sejam mais facilmente retidas, explicadas ou  imaginadas.                       





Fictício - por sua natureza exclui uma percepção clara e distinta, visto que um homem, partindo apenas de sua liberdade, ajunta aquilo que quer ou separa aquilo que quer separar, não sem saber como no falso, mas deliberada e cientemente. 



"Sobre um carro purpúreo, atrelado a dois fogosos cavalos Lampo e Faetonte, a bela Aurora transita agilmente pelo céu, espargindo as luzes e as cores que embelezam a vida dos homens e anunciam a chegada do Sol".
imagem de Mitologia - Abril Cultural 

Afresco de
Giovanni Francesco Barbieri, 

mais conhecido como Guercino ou Il Guercino



1591-1666 (75 anos)
Emilia - Romanha
Itália










Quais os modos de pensar por cujo intermédio retemos as coisas.





Há certos modos de pensar, que servem para que as coisas sejam retidas mais firme e facilmente, ou, para trazê-las de volta à mente quando queremos, ou para mantê-las presentes na mente, é o que pode ser constatado por aqueles que usam aquela regra bem conhecida da memória: certamente para reter e imprimir na memória uma coisa novíssima recorremos a uma outra que já nos é familiar e que concorda com a primeira realmente ou apenas pelo nome. Foi de um modo semelhante que os filósofos reduziram todas as coisas naturais a certas classes que denominaram gênero, espécie, etc., e a que recorrem toda vez que algo novo lhes aparece. 










Quais os modos de pensar por cujo intermédio explicamos as coisas. 



Também temos modos de pensar que servem para que as coisas sejam explicadas, determinando-as evidentemente por comparação com uma outra. Os modos de pensar que usamos para esse efeito denominam-se tempo, número, medida, e talvez haja outros. Destes, o tempo serve para a explicação da duração, o número, para a explicação das quantidades discretas e a medida para a quantidade contínua.







Quais os modos de pensar por cujo intermédio imaginamos as coisas.



Como todas as vezes que conhecemos uma coisa estamos acostumados a figurá-la também com alguma imagem em nossa fantasia, pode acontecer que imaginemos positivamente não-entes como se fossem entes.
Com efeito, a mente humana tomada em si mesma como sendo uma coisa pensante não tem uma potência maior para afirmar do que para negar.
Como imaginar, nada mais é do que sentirmos os vestígios deixados no cérebro excitado nos sentidos pelo objeto, tal sensação só pode ser uma afirmação confusa. Disso decorre que imaginemos como entes todos aquele modos que a mente emprega para negar, tais como cegueira, extremidade ou fim, término, treva, etc.




Capítulo II


O que é o Ser da essência,
 o Ser da existência, o Ser da ideia 
o Ser da potência


Para que  se perceba claramente o que entendemos por   esses  quatro  seres, é  necessário  apenas  que coloquemos ante nossos olhos, aquilo que dissemos a respeito da substância incriada. 


  • As criaturas estão em Deus eminentemente, ou seja, a causa com mais  perfeição  que  o próprio  efeito.
  • Deus contém eminentemente com mais perfeição,  aquilo  que   é   encontrado formalmente,    nas    criaturas,  isto  é, Deus  tem  atributos  tais, que  todas as coisas criadas  estão  contidas  nele  da maneira   mais    eminente   e   perfeita conforme   axioma VIII dos Princípios da Filosofia Cartesiana.
Por exemplo: "concebemos claramente a extensão sem nenhuma existência" (axioma 7) "e assim como por si não tem nenhuma força para existir, demonstramos que foi criada por Deus. E porque deve haver na causa pelo menos tanta perfeição quanto no efeito, segue-se que todas as perfeições da extensão se encontram em Deus. Mas, porque em seguida vimos que a coisa extensa é divisível por natureza, isto é, contém uma imperfeição, não podemos por isso atribuir a Deus e temos que reconhecer que, encontra-se em Deus algum atributo que contenha as perfeições da matéria mais excelente e que possa preencher o lugar ocupado pela matéria."


  • Deus se conhece a si mesmo e a todas as coisas, isto é, também tem em si objetivamente todas elas.
  • Deus é a causa de todas as coisas e opera apenas pela liberdade absoluta de sua vontade."


Do que foi dito acima, vê-se claramente que podemos entender por esses quatro seres o seguinte:



  • O Ser da Essência é a maneira pela qual as coisas criadas estão compreendidas, contidas nos atributos de Deus.





    Exemplo:
    Bergamota  é  o nome dado no Rio Grande do Sul à fruta tangerina. Seu óleo essencial, que podemos percebê-lo nos dedos ao dobrarmos a casca da tangerina é conhecido como Essência de Bergamota, que por sua textura  límpida  e pura, e agregar a outros aromas um leve frescor cítrico, é muito utilizado na produção de diversos perfumes. No nosso exemplo, o aroma do óleo essencial da bergamota é um dos atrativos químicos, utilizados pela planta, com finalidade objetiva da manutenção de sua existência, já que o fruto  é a proteção da semente, enquanto esta ainda não está apta à germinação de novo indivíduo.





    • O Ser da Ideia se diz enquanto todas as coisas estão objetivamente e não aleatoriamente contidas na ideia de Deus.



    Seres da natureza com olfato aguçado, quando em busca     de     alimento,   auxiliam    de    maneira extraordinária a polinização de inúmeras plantas, mantendo  assim o equilíbrio das espécies. 




    • O Ser da Potência se diz com respeito à potência de Deus pela qual pôde, na liberdade absoluta de sua vontade, criar tudo o que ainda não existia."


    Na contingência da necessidade de energia limpa e resultados não predatórios ao meio ambiente, vemos na foto, a incrível capacidade humana de utilizar seu conhecimento e liberdade absoluta de sua vontade, para criar uma forma de utilizar a energia eólica, para as inúmeras necessidades da sociedade atual. Porém para termos uma ideia melhor de como poderíamos entender o Ser da Potência (da capacidade de), reflitamos no fato de embora conhecermos, e, sabermos de várias formas usufruir dos benefícios dos ventos, está infinitamente distante de nós, a possibilidade de controlá-lo.




    • O Ser da Existência é a própria essência das coisas fora de Deus e considerada em si mesma e atribuída às coisas depois que foram criadas por Deus.

    A essência cítrica do perfume, na realidade é o próprio aroma da tangerina fora da fruta, e, atribuído ao perfume, depois de extraído da tangerina.







    Esses quatro seres só se distinguem um dos outros nas criaturas, mas nunca em Deus, pois não concebemos que Deus  por exemplo esteja em Potência em alguma coisa e em Ideia em outra coisa.







    Capítulo III





    ... De quantos modos uma coisa é dita necessária e impossível.





    Uma coisa é dita necessária e impossível de dois modos:

    1. "Com relação à essência, vimos que Deus é necessário, pois sua essência não pode ser concebida sem a existência", pois seria uma quimera.
    2. "Com relação a causa, as coisas, por exemplo, as coisas materiais, podem ser ditas necessárias ou impossíveis, pois, se considerarmos apenas sua essência, podemos concebê-la clara e distintamente sem a existência, por isso não podem existir pela força e necessidade de sua essência, mas pela força de sua causa. Isto é, Deus criador de todas as coisas. Assim, se estiver no decreto divino que uma certa coisa exista, existirá necessariamente, e sem isto, será impossível que exista. Pois é manifesto por si que é impossível que exista aquilo que não tem nenhuma causa interna ou externa para existir."Quando afirmamos que uma coisa pode ser necessária e impossível em relação a sua causa, estamos na verdade afirmando que nem pela força de sua essência, o que entendo por causa interna, nem pela força do decreto divino, o que entendo por causa externa e única de todas as coisas, essa coisa não possa existir, donde decorre que não existe uma coisa necessária e impossível em relação a causa.









    ..."As coisas criadas dependem de Deus quanto à essência e quanto à existência"


    "Deve-se notar também, que não apenas a existência das coisas criadas, mas também" "a essência e a natureza delas, dependem exclusivamente do decreto de Deus. Decorre claramente daí, que as coisas criadas não têm por sí mesmas nenhuma necessidade, visto que por si mesmas não têm essência alguma, nem existem por si mesmas.
    A necessidade pela causa que está nas coisas criadas, refere-se à essência e à existência, mas em Deus ambas não se distinguem."
    "Enfim, deve-se notar que essa necessidade, que está nas coisas criadas pela força de sua causa, é relativa à essência ou à existência delas, pois nas coisas criadas ambas se distinguem.
    • A essência depende das leis eternas da Natureza.


    força infinita em estado de inércia




    • A existência, da série e ordem das causas.



    "Reorganização Cíclica cujo mediano é o Big- Bang"




    Em Deus, cuja essência não se distingue da existência, também a necessidade da essência não se distingue da necessidade da existência, donde decorre que":
    "se concebessemos toda a ordem da Natureza, descobriríamos que muitas coisas cuja natureza percebemos clara e distintamente, isto é, cuja essência é necessariamente tal, que não podem existir de maneira alguma, pois notaremos que é impossível que tais coisas existam na Natureza" assim "como sabemos neste momento ser impossível, que um grande elefante caiba no buraco da agulha, embora percebamos claramente a natureza de um e de outro. Donde decorre que a existência dessas coisas seria apenas uma quimera que não "podíamos imaginar nem entender anterior ao conhecimento da primeira lei de Newton onde ele leva em consideração o atrito que seria a força que age sobre a inércia.."



    ..."O que é possível; o que é contingente."


    "Uma coisa é tida possível, quando conhecemos sua causa eficiente, mas ignoramos se tal causa é determinada. Donde podemos considerar a própria causa como possível, mas não como necessária ou como impossível."
    "Diremos que uma coisa é contingente, quando a tomamos em sua essência simplesmente, sem considerar a causa, isto é, nós a consideramos, por assim dizer, como uma espécie de intermediário entre Deus e uma quimera, pois, com efeito, no que se refere à essência, não encontramos nela nenhuma necessidade para existir como na essência divina, e no que se refere à existência, nenhuma contradição ou impossibilidade como na quimera. Se se quiser chamar possível o que eu chamo contingente, e contingente o que chamo de possível, não contradirei, pois não costumo discutir sobre palavras. Bastará que nos concedam que ambos são apenas defeitos de nossa percepção e não são algo real." 




    "Capítulo IV" 





    Sobre a duração e o tempo da divisão do ente em ente cuja essência envolve a existência, e do ente, cuja essência não envolve nem mesmo a existência possível, origina-se a distinção entre eternidade e duração. O que é eternidade." "Aqui diremos apenas, que ela é o atributo sob o qual, concebemos a existência infinita de Deus." Existência esta que ultrapassa a origem do tempo como conhecemos. 


    "O que é Duração 


    A duração é o atributo sob o qual, concebemos a existência das coisas criadas enquanto perseveram em sua atualidade. Disso decorrem claramente, que entre a duração e a existência total de uma coisa", "há apenas uma distinção de Razão. Quanto mais se subtrai a duração de uma coisa, tanto mais se subtrai, necessariamente, sua existência." o inverso também é verdadeiro. "Para determinar a duração, nós a comparamos com a duração daquelas coisas que possuem um movimento certo e determinado. Esta comparação chama-se tempo. 


    O que é Tempo



    Assim, o tempo não é uma afecção das coisas, mas apenas um modo de pensar, ou, já dissemos, um ente de razão. Com efeito, é um modo de pensar que serve para explicar a duração. Deve-se notar aqui" "que duração é concebida como maior ou menor, como composta de partes e que é um atributo da existência e não da essência." 






    Escala de tempo geológico


    Escala do Tempo Geológico representa o tempo, a partir do presente, fazendo uma retrospectiva até a formação da Terra. 
    A versão aqui apresentada, baseia-se na edição de 2004 do Quadro Oficial Estratigráfico Internacional da Comissão Internacional sobre Estratigrafia da União Internacional de Ciências Geológicas (ICS).






















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