Nebulosa Carina

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Nebulosa Carina

Cometa Lovejoy



Cometa Lovejoy



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Principal telescópio do 
Observatório Europeu do Sul (ESO) no Chile
Foto: Guillaume Blanchard / ESO


O cometa Lovejoy foi descoberto em 27 de novembro de 2011 pelo australiano Terry Lovejoy em Thornlands, Queensland, durante uma busca de cometas.

Ele reportou um "objeto borrado movendo-se rapidamente" com magnitude 13, e fez observações adicionais nas noites seguintes.


A confirmação independente do cometa, só aconteceu em 1º de dezembro de 2011, quando ele foi observado por Alan Gilmore e Pamela Kilmartin no Observatório Universitário Mount John, na Nova Zelândia.

Com a confirmação, um registro oficial foi feito no Central Bureau for Astronomical Telegrams, e a existência do cometa foi anunciada pelo Minor Planet Center em 2 de dezembro de 2011.

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Este foi o primeiro cometa do grupo Kreutz em 40 anos a ser descoberto por observação em terra.

Os cometas  Kreutz são uma família de cometas rasantes, caracterizados por órbitas que os colocam extremamente próximos do Sol no periélio. Acredita-se que sejam os fragmentos de um grande cometa que partiu-se vários séculos atrás e tem o nome do astrônomo alemão Heinrich Kreutz, que foi o primeiro a demonstrar que eles eram relacionados.



Vários membros da família Kreutz tornaram-se grandes cometas, ocasionalmente visíveis próximos ao Sol no céu diurno. O mais recente destes foi o Cometa Ikeya-Seki em 1965, que pode ter sido um dos mais brilhantes do último milênio.
Muitas centenas de membros menores da família, alguns com apenas alguns metros, tem sido descobertos desde o lançamento da sonda Soho, em 1995. Nenhum destes cometas menores sobreviveu à sua passagem pelo periélio. Astrônomos amadores tem tido bastante sucesso em descobrir cometas Kreutz nos dados disponíveis em tempo real pela Internet.
Existem também sinais que outro grupo de cometas do sistema Kreutz está a caminho do Sol nas próximas décadas, com os primeiro objetos chegando nos próximos anos. Durante as próximas poucas décadas, a humanidade mais uma vez irá testemunhar espetáculos celestes fantásticos, como o de 1965.
Em dezembro de 2011, um destes cometas, o C/2011 W3 (Lovejoy), fez o seu periélio, despertando a curiosidade de estudiosos e amantes da astronomia, porém, por conta da sua visibilidade impedida pela luz do Sol, só é possível vê-lo com instrumentos especiais para esta ocasião ou utilizando-se das imagens enviadas pelo telescópio espacial SOHO e até o momento não se sabe se esse cometa irá "sobreviver" ao encontro próximo com o astro-rei. Caso consiga, ele poderá ser visto ao anoitecer ou ao amanhecer, dependendo do ponto de visão do observador na Terra e será um evento majestoso, de acordo com os especialistas.
O cometa Lovejoy antes do periélio ( periélio é a menor distancia entre um astro e o sol). Os primeiros elementos orbitais, considerando uma trajetória parabólica, foram publicados por Gareth Williams, do Minor Planet Center, em 2 de dezembro 2011, com um periélio estimado de 0,0059 UA ocorrendo perto da meia-noite UTC de 15-16 de dezembro.

Refinamentos adicionais foram publicados nos dias subsequentes, inclusive um em 5 de dezembro, estimando o periélio em 0,0056 UA pouco antes da meia-noite de 15 de dezembro.

Em 11 de dezembro a primeira órbita elíptica foi publicada, estimando o periélio em 0,0055 UA pouco depois da meia-noite, em 16 de dezembro.

No espaço, o cometa ficou primeiro visível para a nave STEREO-A em 3 de dezembro, e para a SOHO em 14 de dezembro. À medida que o cometa se aproximava do Sol, ele se tornou o objeto de campanhas de observação por dezoito instrumentos em seis satélites: STEREO-A e B, SOHO, SDO Hinode e PROBA2.

Um pequeno cometa companheiro foi detectado em imagens da SOHO em 14 de dezembro por Zhijian Xu, e mais tarde localizado pelas naves gêmeas STEREO.

Acredita-se que seja um fragmento do cometa Lovejoy, que se teria quebrado há algumas décadas. Esta descoberta não era inesperada, uma vez que cometas do grupo Kreutz são frequentemente encontrados com companheiros menores.

Quando mais brilhante, o cometa Lovejoy tinha uma magnitude aparente entre -3 e -4, o que é quase tão brilhante quanto o planeta Vênus.

Ele é o mais brilhante cometa rasante já observado pela SOHO, e é o cometa mais brilhante a aparecer desde o cometa McNaught de 2007, que brilhava a uma magnitude visual de -5,5, mesmo assim o Lovejoy ficou praticamente invisível a olho nu durante o seu brilho máximo, em virtude da sua proximidade do Sol.

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O Periélio, sequênciado pela STEREO-A, do cometa Lovejoy aproximando-se do Sol O cometa Lovejoy atingiu o periélio em 16 de dezembro de 2011, à 00:17 UTC, passando a aproximadamente 140 mil quilômetros acima da superfície do Sol.

Não se esperava que ele sobrevivesse ao encontro, devido às condições extremas na coroa, tais como temperaturas atingindo mais de um milhão de graus Kelvin, e um tempo de exposição de quase uma hora. Entretanto, o Solar Dynamics Observatory (SDO), bem como outras naves de monitoração do Sol, observou o cometa emergir intacto da coroa.
As naves STERO e SOHO continuaram a observar o cometa enquanto ele se afastava do Sol. Na noite de 20 de dezembro, imagens liberadas por J. Cerny indicaram que o cometa estava passando por mudanças drásticas. As fotos, tiradas através de telescópio FRAM, sugeriam que “o núcleo tinha aparentemente tomado uma forma de barra e era acompanhado por uma cauda brihante”.Antes do periélio, o núcleo do cometa Lovejoy foi estimado entre 100 e 200 metros de diâmetro. Como ele sobreviveu ao periélio, acredita-se que o núcleo tenha sido maior, talvez mais do que 500 metros. Acredita-se que, durante a passagem pela coroa, uma significativa fração da massa do cometa tenha se queimado. 

O Voo de afastamento



A sonda SDO testemunha o cometa Lovejoy sobreviver à coroa do Sol. A primeira observação baseada em terra do cometa Lovejoy após o periélio ocorreu em 16 de dezembro às 19:55 UTC, quando ele foi visto por Rick Baldridge e Brian Day, no Observatório Foothill, na Califórnia. Baldridge estimou a magnitude do cometa em -1.

O descobridor do cometa, Terry Lovejoy, fez um par de observações em 17 de dezembro à 01:12 e 20:24 UTC, com magnitudes aparentes estimadas em -1,2 e -0,8, respectivamente. Imagens tomadas em 20 de dezembro por volta de 08:00 UTC sugeriram que o cometa teria passado por mudanças significativas. Tiradas pelo astrônomo tcheco Jakub Černý usando o telescópio robótico FRAM no Observatório Pierre Auger, as imagens indicaram que “o núcleo tinha aparentemente tomado forma de barra e era acompanhado por um raio de cauda brilhante”.No hemisfério sul, o cometa Lovejoy se tornou visível a olho nu em torno de 21-22 de dezembro, quando o astronauta Dan Burbank o fotografou a bordo da Estação Espacial Internacional. Até 22 de dezembro, ele tinha enfraquecido para aproximadamente a 4ª magnitude, e os fotógrafos do hemisfério sul continuaram a capturar imagens.

 Embora o cometa tenha continuado visível para observadores até o início de 2012, grandes telescópios foram requeridos para vê-lo quando ele cruzou o hemisfério norte em fevereiro. Suspeitou-se que, após o periélio, o stress induzido pela aproximação do Sol poderia resultar na desintegração do cometa. As suspeitas foram reforçadas pela impossibilidade de localizar um núcleo distinto através da cauda, mais visível. Usando dados do Observatório Pierre Auger, Zdeněk Sekanina e Paul Chodas determinaram que, apesar de ter sobrevivido ao periélio por vários dias, o núcleo passou por uma significativa explosão de pó em 19 de dezembro e, no dia seguinte, desapareceu completamente após um evento de “fragmentação cataclísmica”. Caso alguma porção do núcleo tenha sobrevivido, a excentricidade e inclinação do Lovejoy evitam perturbações significativas por planetas, deixando a possibilidade de que ele retorne para outro periélio. Usando uma solução da época 2050, estima-se que o cometa tenha uma órbita de 622 anos, com o que o retorno ao periélio seria em torno do ano 2633.

Possível história de fragmentação

Uma órbita elíptica calculada por Sekanina e Chodas em 2012 indica que o cometa Lovejoy é um fragmento de um cometa rasante não registrado que atingiu o periélio em torno de 1329. A história de fragmentação sugerida por esses autores indica que um rasante-pai – possivelmente o cometa observado no ano 467 d.C. – dividiu-se próximo ao Sol devido às forças de maré durante a sua passagem. O fragmento principal retornou como o Grande Cometa de 1106 e um fragmento secundário, com um período orbital maior, retornou em torno de 1329. Este secundário também se dividiu no periélio e o seu fragmento principal retornará por volta de 2200, possivelmente como um aglomerado de fragmentos. Um fragmento secundário desse evento partiu em um período mais curto, que teoricamente o traria de volta para o interior do Sistema Solar nos primeiros anos do século XXI. Entretanto, em algum ponto depois do periélio, este fragmento secundário se quebrou devido a forças que não a de maré, e um dos fragmentos resultantes se tornou o cometa Lovejoy. Outros fragmentos similares podem existir e retornar como cometas rasantes no futuro próximo.
Wikipedia



O cometa Lovejoy
se tornou uma grande atração
no céu do fim de ano de 2011

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O cometa pode ser observado com o auxílio de binóculos e pequenos telescópios em boa parte do Brasil, principalmente nas regiões Sul e Sudeste, onde está Minas.

Lavras foi  um local privilegiado para a observação do cometa, mas para isso, os astrônomos aconselham encontrar um local com céu claro, pouca poluição luminosa e procurá-lo no fim da madrugada e próximo do amanhecer na direção da constelação do Escorpião, a Sudeste.

Quanto mais distante dos grandes centros urbanos, melhor a visualização.

O Lovejoy faz parte de um grupo de cometas "suicidas". Em geral, esses cometas são pequenas bolas de gelo, rochas e sujeira com menos de 10 metros de diâmetro, e acabam vaporizados ao se aproximarem da nossa estrela. Surpreendentemente, o Lovejoy escapou deste destino, apesar de ter passado a apenas 120 mil quilômetros da superfície do Sol no dia 16 de dezembro.

Jornal de Lavras



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